CONTEXTO
A Digitalização está a transformar o mundo. Mudanças e ruturas trazidas pela revolução digital desafiam pessoas, sistemas, valores, quadros mentais e trazem tantos perigos para a humanidade quanto esperança e grandes promessas.
De que forma é que a digitalização pode dar resposta às pessoas mais vulneráveis, criando mudanças positivas na vida das pessoas, e garantindo a promoção de um Desenvolvimento Sustentável, sem deixar ninguém para trás?
E como é que as organizações de desenvolvimento podem usar a digitalização como um meio para uma mudança de paradigma, para combater as desigualdades e garantir um mundo sustentável para todos?
A Fundação Calouste Gulbenkian e a Plataforma Portuguesa das ONGD desenvolveram o “DevHack4Impact - Soluções digitais para o Desenvolvimento”, um programa de capacitação para os desafios digitais futuros e que procura dar resposta, através da digitalização, a problemas e necessidades do desenvolvimento.
O objetivo é apresentar o cenário atual de desenvolvimento digital do setor, mostrando a realidade de trabalho das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) às empresas tecnológicas e a especialistas digitais aproximando-os, permitindo a criação de soluções digitais para os problemas do Desenvolvimento Internacional.
As Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) são organizações sem fins lucrativos, que atuam nas áreas de Cooperação para o Desenvolvimento, Ação Humanitária e de Emergência e Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global, e que intervém maioritariamente no ensino, educação e cultura; assistência científica e técnica; saúde, incluindo assistência médica, medicamentosa e alimentar; emprego e formação profissional; proteção e defesa do ambiente; integração social e comunitária; desenvolvimento rural; reforço da sociedade civil, através do apoio a associações congéneres e associações de base nos países em vias de desenvolvimento; na educação para o desenvolvimento, designadamente através da divulgação das realidades dos países em vias de desenvolvimento junto da opinião pública.
Neste sentido, e olhando para os problemas que as ONGD enfrentam particularmente nos seus projetos de Cooperação para o Desenvolvimento e Ação Humanitária e de Emergência nos Países Menos Avançados (PMA) e na sensibilização da opinião pública para os problemas mundiais, criou-se o DevHack4Impact, uma maratona digital cuja competição tem início a 11 de fevereiro, contando com um workshop de ideação no dia 22 de Março e que culminará com o evento online de 22 a 24 de Março de 2021 das 17h00 às 20h00. Este último será apenas mais um momento de consolidação das ideias e terá algumas atividades de mentoria, formações e outros.
Os participantes que optarem por aderir a este programa estarão a contribuir para a promoção de uma sociedade cada vez mais inclusiva e justa a nível global, onde valores como a equidade e a solidariedade sejam realidades objetivas, e por isso, é fundamental que os participantes demonstrem vontade de contribuir para a construção de um mundo que expresse estes valores.
TEMAS
Os temas desta maratona enquadram-se nas problemáticas da Educação nos países parceiros da Cooperação Portuguesa, particularmente nos PALOP, e da Articulação Institucional das ONGD nos países da Cooperação Portuguesa.
Para conhecer os problemas que requerem soluções digitais ver Educação aqui e Articulação aqui.
OBJETIVO
O objetivo é o desenvolvimento de uma solução digital e tecnológica, com um protótipo funcional, baseado em necessidades e problemas na área da Educação e da Articulação Institucional que possam contribuir para um mundo mais justo, equitativo e sustentável apresentados por um grupo de Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento, que serão mentoras durante o evento.
De forma a facilitar o enquadramento dessas ideias será realizado um Workshop de Ideação no dia 22 de Março que permitirá aos participantes e às equipas constituídas até então familiarizarem-se com os problemas e as temáticas. Neste Workshop online estarão presentes as ONGD que poderão ajudar a esclarecer dúvidas sobre o contexto e as necessidades e problemas que devem de apresentar soluções digitais.
As soluções deverão ser apresentadas em formato de pitch final, no último dia do Hackathon.
A participação deve ser feita, preferencialmente, em equipa. Cada equipa deverá ter idealmente 3 participantes até um máximo de 5, sendo que serão, no entanto, aceites participações individuais. Para ajudar os participantes a criar equipa poderão tirar partido do matchmaking na TAIKAI.
Os/as vencedores/as do Hackathon receberá/ão um prémio num valor financeiro. Os prémios distribuídos deverão ser atribuídos para as três primeiras equipas vencedoras seguindo a classificação abaixo:
Cada Equipa apenas poderá apresentar uma solução digital.
As equipas vencedoras e outras soluções digitais que possam ser consideradas relevantes pelas Entidades Promotoras passarão para uma fase de Incubação e Tutoria que permitirá o desenvolvimento e financiamento das soluções encontradas. Esta fase decorrerá mo mês seguinte ao evento. A participação das equipas vencedoras é condição sine qua non para inscrição no Hackathon.