Description
Estudos mostram que aproximadamente 31 em 100000 pessoas estão em coma a cada ano. Quanto mais tempo um paciente permanece em coma, menor será a sua probabilidade de recuperação e, nos casos em que há recuperação, maior é a probabilidade do aparecimento de sequelas, como úlceras de pressão, infeções, coágulos sanguíneos nas pernas entre outros. Tendo isto em conta, verificámos que se fosse possível acelerar a recuperação de um paciente em coma, iria haver uma redução das sequelas, para além de uma redução dos custos dos hospitais no que toca ao internamento de pacientes. Para isso, decidimos criar os óculos “WakeLights”, que promovem um despertar mais rápido dos pacientes a partir da regulação do ciclo circadiano, uma vez que segundo estudos, os pacientes em coma apresentam o ritmo circadiano desregulado e a sua regularização leva a um despertar mais rápido dos pacientes. Esta desregulação deve-se, em parte, à presença de grande luminosidade artificial nos quartos, durante as 24 horas do dia. Assim, os óculos Wakelight vão simular as diferentes intensidades que a luz natural toma ao longo do dia, através de sinais luminosos LED regulados num ciclo de 24h.
Para o projeto, os materiais necessários à construção dos óculos são o plástico na parte exterior, (Acrilonitrila butadieno estireno), devido ao seu preço reduzido e ao facto de ser um material leve, ideal para não haver excesso de peso na face do paciente e ainda por ser um material fácil de moldar.
Para as abas laterais pretendemos utilizar Silicone antideslizante, para evitar que os óculos se movam e evitar ainda uma rigidez excessiva do suporte na parte das orelhas do paciente. É essencial garantir o conforto do paciente, mesmo com as mudanças de posição às quais vão sendo sujeitos com intervalos de poucas horas.
Relativamente às luzes, propomos a utilização de luzes LED pois são reguláveis, permitindo várias intensidades de luz ao longo do dia como pretendido, de forma a simular a luz desde o amanhacer ao anoitecer, além disso, estas consomem menos energia do que uma lâmpada convencional e têm uma vida útil longa. Os LEDs não produzem ultravioleta nem infravermelho e não emitem calor de forma significativa, o que faz com que seja inofensivo para o paciente.