A ideia da criação da aplicação CARbon surgiu para fazer frente ao aumento da libertação dos gases de efeito de estufa. Esta consiste numa aplicação, que face à pesquisa de uma localização de destino, providência não só vários trajetos, como opções de transporte a preços acessíveis, tempos de transporte mais reduzidos e as rotas mais ‘verdes’.
Com o conceito de “rotas ‘verdes’” pretende-se dizer que a quantidade de gases poluentes emitidos para a atmosfera (como CO2 e NOx) seguindo o trajeto designado com o veículo Y é uma das melhores opções para um menor impacto ambiental por parte do utilizador, emitindo assim menos gases poluidores dentro das opções referenciadas.
Ao entrar e registar-se pela primeira vez na aplicação, o utilizador teria apenas de informar qual o veículo que possui para fazer as suas viagens, de resto a aplicação seria responsável por calcular as emissões poluentes e quantificá-las em cada percurso.
Para além disso, existirá um sistema ‘verde’ na aplicação que terá 3 níveis:
O nível vermelho quando a pegada emissora é mais negativa, ou seja, quando os pontos do utilizador são negativos(-X até 0); o nível amarelo quando os pontos são de (0 a 100); e o nível verde quando os pontos são superiores a 100.
Para ganhar pontos, o utilizador fará o scan de códigos QR em transportes públicos (com uma limitação de uma vez por dia) ou reservar viagens nas opções sugeridas na aplicação, sendo atribuído 1 ponto por cada QR e 5 pontos por cada viagem reservada.
Será retirado 1 ponto por cada 10 quilos de gases prejudiciais que o utilizador emitir ao escolher percursos pouco sustentáveis.
Para verificar esta aderência por parte do público iremos pedir autorização para introduzir qr codes em transportes públicos.
No virar do século a população mundial era de aproximadamente 6 bilhões, 10 anos mais tarde este número aumentou para 7 e em 2022 é estimado que o valor ronde os 8 bilhões de cidadãos em todo o mundo. Estamos assim perante um crescimento exponencial da população sem precedentes, acompanhado também de um aumento do consumo e produção de bens. Este aumento do consumo, que visa não só satisfazer as necessidades da população, como também melhorar o seu bem-estar, liberta gases de efeito de estufa como o metano e o dióxido de carbono, os quais são a causa de uma panóplia de problemas a nível mundial, podendo mesmo comprometer a vida na Terra como a conhecemos.
Por ano são libertadas cerca de 4.9 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono para a atmosfera, sendo que os transportes são responsáveis por 30% das mesmas. Dentro dos transportes, os carros são os que se mostram mais poluentes, contribuindo, com 60,7% das emissões de CO2 na Europa.
Apesar deste problema amplamente conhecido, a população na sua generalidade não está ainda sensibilizada para a quantidade de dióxido de carbono que libertam ao tomarem determinadas escolhas, como por exemplo irem para o emprego todos os dias de carro em vez de optarem por ir de transportes públicos. É também bastante comum, mesmo que os cidadãos tenham uma ideia da quantidade de dióxido de carbono que os carros libertam, que ou não saibam de alternativas viáveis ou optem pelo seu conforto, uma vez que as consequências de tais ações só serão sentidas a médio prazo.
Conclui-se assim que o dióxido de carbono libertado pelos carros é um problema transversal e que necessita de ser resolvido, passando esta resolução pela consciencialização da população.
Hoje em dia já se encontram em vigor certas medidas, implementadas com o intuito de diminuir a emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera, e os veículos híbridos e elétricos estão a ganhar aderência nos últimos anos, no entanto, isto, por si só não é o suficiente para que ocorram as alterações desejáveis às taxas de libertação de poluentes para a atmosfera, uma vez o impacto positivo destas ações é residual face à quantidade de poluentes emitidas pelo ser humano na condução de veículos; a acrescentar a isto, encontramo-nos hoje em contexto de pandemia, pelo que muitas pessoas, optam pelo uso dos seus transportes pessoais, ao invés dos transportes públicos para realizar as suas deslocações. Tomando isto em conta, a aplicação CARbon será desenvolvida na perspetiva de sensibilizar as pessoas para modos de deslocação mais “verdes” e para o impacto das suas escolhas no meio ambiente.
A Materialização da nossa aplicação seria apenas à base de software, sendo que o único hardware que possamos vir a precisar serão os nossos computadores para programar. A computação da app CARbon seria repartida em três grandes áreas: criação de uma base de dados contendo, inicialmente, os dados relativos às emissões de CO2 e NOx dos modelos de veículos pessoais mais usados em Portugal; programação do código do "CARbonômetro" e da secção de opções de viagens mais ecológicas para o mesmo percurso.
A criação da base de dados seria por si só um trabalho simples, mas demorado, devido aos dados que gostávamos de lá inserir sobre cada carro, a não ser claro que consigamos acesso a uma base de dados que já é dotada destes dados (mesmo tendo outros irrelevantes para a aplicação entre eles) e autorização para utilizar a mesma para um projeto próprio.
O “CARbonômetro” seria um sistema capaz de requisitar os dados de emissões do carro selecionado à base de dados e processar estes de modo a calcular, contabilizando distâncias, velocidades médias e intervalos de paragem, a emissão do veículo em trajetos, informando o condutor da sua pegada de carbono nos seus últimos percursos. O programa seria capaz de, tendo acessos ao GPS de cada dispositivo, detectar se o utilizador estaria em velocidade suficiente para ser considerado uma viagem motorizada, se sim, começaria então a ser contabilizada a velocidade média do veículo onde a aplicação iria então pedir à base de dados os registos de emissões (gramas de X por Km) daquele modelo para determinadas velocidades. Conseguimos então, traçar um gráfico aproximado das emissões em função da velocidade, sendo implementada uma função que a cada Km (devido à imprecisão do cálculo da velocidade instantânea dos GPS de um Smartphone) calcularia a velocidade média e somaria à quantidade total de poluentes emitidos naquele percurso o valor emitido a cada Km de viagem.
A terceira área seria a implementação de um sistema em que o utilizador era capaz de inserir a viagem que pretendia realizar e o sistema sugeria alternativas ecológicas à viagem de carro, oferecendo preços, tempos de viagem e horários, sendo recompensado através do sistema de pontos.
A consciencialização social relativamente à poluição proveniente da utilização dos combustíveis fósseis é um dos temas de maior relevância nos nossos dias.
Com o desenvolvimento desta aplicação pretende-se:
Diminuir os níveis de emissão de gases de efeito de estufa (CO2 e NOx);
Diminuir o consumo de combustíveis fósseis;
Incentivar ao uso dos transportes públicos dentro dos centros urbanos, pela implementação de um sistema de pontos que permita aos utilizadores a obtenção de descontos e outros benefícios junto das transportadoras aderentes;
Na perspetiva de que o público aderente se veja motivado a ter uma contribuição ativa para a diminuição da poluição a nível global.
Com esta aplicação para sensibilizar os utilizadores das suas emissões poluentes para o planeta, enquanto se propõe melhores rotas para os seus destinos, podemos promover outras empresas que demonstrem a sua eficácia em transportes com níveis de poluição reduzidos. Ou seja, empresas no setor dos transportes podem ser publicitadas na nossa aplicação. Seria assim permitido a estas empresas ter um lucro superior e, consequentemente, aumentar também o nosso capital. Além disso, quando cumprido o objetivo de menor poluição, ofereceremos descontos aos utilizadores com o nível verde para as suas viagens, fazendo assim parcerias com estas empresas.
Além de que, sendo a nossa aplicação uma nova forma de reduzir as emissões de carbono, as pessoas passariam a aderir à nossa alternativa com facilidade devido às regalias da sua utilização, apenas seria necessário dar a conhecer a nossa solução e aplicação ao público.