Description
* Qual o problema que estamos resolvendo?
Os problemas de classificação, coleta eficiente, tratamento e descarte de resíduos sólidos, tem sido os grandes vilões das políticas mundiais de gestão de resíduos em países desenvolvidos e em via de desenvolvimento (Word Bank, 2018).
Já no Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, determinada pela Lei 12.305/2010, através do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), constituem-se nos principais mecanismos que regulamentam as práticas de manejo de resíduos domiciliares e comerciais. Estudos recentes demonstram que os resíduos orgânicos representam 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil (CNM, 2019). Neste contexto, o Brasil produze 37 milhões de toneladas de lixo orgânico / ano, sendo que apenas 1% do lixo orgânico é aproveitado (ASSEMAE, 2019).
PROBLEMA: ineficiência, dificuldade e falta de interesse e benefícios dos atores que participam na logística reversa de resíduos sólidos orgânicos nos centros urbanos.
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA: um dos maiores desafios para a disposição final e reaproveitamento dos resíduos orgânicos no Brasil, está relacionado ao tamanho da cadeia de logística reversa, integrada por diversos atores como: (1) Emissor/gerador, (2) catador/classificador, (3) tratador/processador, (4) cliente final. Esta cadeia de logística reversa tem desafios culturais, tecnológicos, econômicos e finalmente políticos (Scigethy; Antenor, 2020).
- Culturais:
(1) Emissor: falta de consciência em domicílios e empresas, desconhecimento, preguiça e falta de incentivo à coleta seletiva;
- Logísticos:
(2) Catador/classificador: a maioria de descartes continua sendo feito em aterros e lixões 92%,poucos atores no mercado, a identificação das fontes emissoras é limitada e demorada.
(3) Tratador/processador: comumente são os mesmos catadores/classificadores quem realizam este processo, o principal problema está na ausência de mecanismos de promoção massiva de produtos oriundos do processamento de RSO, a identificação das do catador/classificador é limitado e demorado.
- Mercadológicos
(4) Cliente final: empresas que usam dos produtos processados do RSO, dependem dos tratadores e processadores: adubo, biogás, biofertilizante, etc. Apesar disso não existem canais comerciais tecnologicamente conectados que integrem os diversos atores da logística reversa dos RSO.
Neste contexto, A BioOrganic integra as problemáticas mencionadas, considera a necessidade de valorizar os resíduos orgânicos e de auxiliar para que a cadeia de logística reversa de RSO seja mais eficiente, oportunizada, conectando todos os atores, de forma que se suportem mutuamente.
Assim, visamos promover, oportunizar e monetizar a logística reversa dos resíduos orgânicos domiciliares e comerciais em centros urbanos, garantindo que as etapas de reciclagem aconteçam de forma mais conectada.
* Quem é impactado por esse problema?
- Residências: condomínios
- Estabelecimentos comerciais: redes de restaurantes, supermercados e hortifrutis, SERASA.
- Empresas de coleta e tratamento de RSO
- Clientes que usam de produtos derivados das RSO: agronegócio em geral e pecuária.
* Qual a solução criada pela equipe para resolver esse problema?
A BioOrganic é uma startup que tem como proposta de valor, promover, oportunizar e monetizar a logística reversa dos resíduos orgânicos domiciliares e comerciais em centros urbanos, garantindo que as etapas de reciclagem aconteçam de forma mais conectada, eficiente e motivadora. O diferencial da proposta está na criação de um ambiente virtual destinado à identificação, coleta, quantificação e monetização de resíduos sólidos, onde conectamos ponto a ponto a cada stakeholder que participa do modelo de negócio: (emissor, coletor e reciclador e cliente final).
* O que faz a sua ideia ser única?
A BioOrganic tem como premissas: a instrução do cidadão e o microempresário para a redução de desperdícios na fonte, a geração de um modelo de negócio inovador Win to Win para otimizar e monetizar a identificação, separação e coleta de resíduos orgânicos, além da facilitação do reaproveitamento destes resíduos na cadeia de logística reversa. O modelo de negócio será hibrido: C2B, C2B2C e B2C.
* Quem é o time que irá executar essa solução?
- Bruna Assis - (Aluna FaSF)
- Caroline Mello - (Aluna FaSF)
- Euler Sánchez Ocampo: docente FaSF, mestre em engenharia de produção e doutorando em engenharia mecânica. Inventor, detentor de 9 patentes de inovação em produto e processo. Sócio, co-founder da startup CicloMobi.
- Leonardo Davi Ribeiro Neves (Aluno do IFRJ - Pinheiral)
REFERÊNCIAS:
BRASIL. a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei (Lei nº 12.305/10). 2010
CNM. PNRS: a necessidade de se avançar na compostagem de resíduos orgânicos. disponível em:
IPEA. Resíduos sólidos urbanos no Brasil: desafios tecnológicos, políticos e econômicos.
Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/217-residuos-solidos-urbanos-no-brasil-desafios-tecnologicos-politicos-e-economicos. 2020
WORLD BANK. What a Waste: An Updated Look into the Future of Solid Waste Management. 2018
ZAGO, V. C. P.; BARROS, R. T. DE V. Management of solid organic waste in brazil: From legal ordinance to reality. Engenharia Sanitaria e Ambiental, v. 24, n. 2, p. 219–228, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522019181376
http://www.assemae.org.br/noticias/item/4494-apenas-1-do-lixo-organico-e-reaproveitado-no-brasil