Capivarinha

Promoção do Turismo socioambiental à beira-rio com estrutura para fruição paisagística, energia limpa, infraestrutura verde, agroecologia e arte local, incluindo embarcação e estações de conexão.

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  • Mobilidade Urbana e Cidades Inteligentes

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PROJETO CAPIVARINHA – TURISMO, MOBILIDADE, ECONOMIA LOCAL SUSTENTÁVEL

  • INTRODUÇÃO

O Rio Paraíba do Sul é elemento natural estruturante da constituição de cidades em todo o seu vale. No Médio Vale do Paraíba, região que habitamos, sua presença é de fundamental importância para a infraestrutura, para a composição da Paisagem, para o microclima e para a cultura socioeconômica, especialmente no período entre os séculos XIX e XXI em que se estabeleceu crescente adensamento da vida urbana, marcado sempre pelas suas proximidades. Observa-se, entretanto, que os últimos anos de ocupação humana no Vale do Paraíba (1950-2020), foram relacionados a atitudes de descuido e descaso com a riqueza e fragilidade ambiental representada por ele, sendo esse feito, irresponsavelmente, de local de despejo de toda a sorte de dejetos.

As últimas décadas do século XXI são marcadas por atitude revisional das ações de descaso e descuido com o Rio Paraíba e pode-se anotar inúmeras ações de controle e preservação do seu leito e de sua várzea, a partir de legislação ambiental presente em todos os níveis da federação. Há também muitos trabalhos técnico científicos publicados sobre o Rio Paraíba do Sul em nossa região, o que nos permite lançar ideias sobre um futuro bem próximo de qualificação urbanística e ambiental em suas margens e, em consequência disso, em seu corpo hídrico. Destacam-se aqui, principalmente, os trabalhos de MOREIRA (2014); LIMA (2024); relacionados ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do UGB-FERP.

O presente Projeto nasce do interesse de pensar o Rio Paraíba como elemento indutor de uma série de ações transformadoras e qualificadoras para os espaços urbanos que o perpassam e, embora apresentado aqui como um recorte, seus princípios valem para todas as cidades de nossa região, pois que convivem com a presença do Paraíba em seus trajetos cotidianos.

A proposta consiste em prover os Parques Fluviais a serem implementados nessas cidades (estratégias presentes na maior parte dos Planos Diretores locais) de estrutura de suporte a um programa de Turismo socioambiental integrador que possa contemplar a FRUIÇÃO PAISAGÍSTICA do rio; as ações de qualificação ambiental relacionada à produção de ENERGIA LIMPA; a IMPLEMENTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA VERDE; o consumo sustentável da AGROECOLOGIA e da PRODUÇÃO DE ARTEFATOS LOCAIS; a potência ambiental (agua, fauna e flora) do Rio Paraíba do Sul a ser protegida e reabilitada, ALÉM DE POSSIBILITAR A MELHORIA DA MOBILIDADE URBANA A PARTIR DO PARQUE À BEIRA-RIO.

As estruturas de suporte relacionadas seriam uma EMBARCAÇÃO (chalana, barca) movida à energia limpa para conhecer e perceber a paisagem que se descortinará de maneira surpreendente e as ESTAÇÕES DE CONEXÃO para fazer conhecer, informar e engajar os visitantes nas propostas, projetos e programas de qualificação Ambiental e Urbanística a serem implementados.

Assim, seleciona-se aqui como recorte espacial a ser trabalhado, O PARQUE FLUVIAL CURVA DO RIO, local emblemático que relaciona cidade-rio, no caso do Município de Volta Redonda, como forma de produzir rebatimentos claros em outros locais emblemáticos dessa natureza, constantes em todas as cidades do nosso Médio Vale do Rio Paraíba do Sul.

Dos principais pressupostos, nesse caso específico, temos:

  1. As instruções do Plano Diretor Municipal e seu trabalho de revisão em curso;
  2. A política de relocação sustentável da ocupação irregular existente;
  3. A atenção as ODS pertinentes a intervenção
  4. Os estudos técnicos que relacionam o Parque aos principais eixos de Mobilidade propostos para a Cidade;
  5. A vinculação à cidade existente, suas relações de uso e ocupação do solo no entorno imediato ao projeto.

Da premissa das ODS utilizadas:

ODS03 – SAUDE E BEM ESTAR – Acesso à Reabilitação e Paisagem Fluvial, além de produtos e serviços locais; lazer e entretenimento; qualidade da água e do ar;

ODS07 – ENERGIA ACESSÍVEL E LIMPA – Energia limpa de Movimentação da Chalana e tecnologias sustentáveis na construção das estações;

ODS09 – INDÚSTRIA INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA – Uso de Materiais sustentáveis na construção; Promoção de infraestrutura verde (tratamento da água, esgoto, drenagem, lixo);

ODS10 – REDUÇÃO DA DESIGUALDADE – promoção de relocação sustentável; premissas da educação ambiental e urbanística;

ODS11 – CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS – Conscientização e práticas sustentáveis como eixo estruturante da proposta;

ODS 12 – CONSUMO RESPONSÁVEL – economia circular e desenvolvimento local, além de geração de renda para manutenção do Parque, programas e projetos articulados;

ODS13 – COMBATE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS – o contexto/existência do Parque fluvial amplia a qualidade do ar e da água, diminui a temperatura e colabora com o combate as mudanças climáticas a partir de sua revegetação ripária e ciliar. 


O PROBLEMA, A SOLUÇÃO, O PÚBLICO ALVO E A EQUIPE DE TRABALHO

O problema que se coloca na região Sul Fluminense passa pela relação das cidades com seus rios e sua forma de urbanização, gerando consequências como: poluição, aumento de temperatura, problema com descarte de resíduos industriais, despejo de esgotamento direto no corpo hídrico, falta de políticas públicas de controle de uso e ocupação de solo, gerando degradação ambiental e social. 

Isso posto, o objetivo da proposta apresentada é desenvolver uma infraestrutura propícia para impulsionar o Turismo Socioambiental Integrador, promovendo uma cadeia de negócios sustentáveis, valorizando a cultura local e fomentando o acesso a serviços e produtos regionais, além do auxílio com a mobilidade e conectividade urbana a partir do eixo integrador revelado pelo Rio Paraíba do Sul.

Assim, a resposta para a problemática colocada passa por viabilizar propostas educacionais integradas, contínuas e permanentes que consigam conciliar humanidade, tecnologia e natureza a partir de tecnologias sustentáveis, orientando um saber coletivo ao mesmo passo que direciona uma melhor qualidade de vida, mobilidade urbana e fomenta negócios locais.

Diante do exposto, compreende-se que o público alvo do projeto é a população residente e visitante do Médio Vale Paraíba carente de suportes de infraestrutura integrada de turismo, lazer e cultura.

Para atender a esta demanda, foram propostos dois equipamentos articulados (chalana e estações) de fruição e acesso a uma cadeia de serviços, comércio e fomento à educação e economia locais conforme posto a seguir:


  1. Chalana Capivarinha – estrutura tipológica a ser construída a partir de tecnologias sustentáveis, funcionando com energia limpa e renovável;
    1. A embarcação projetada, para abrigar entre 20 a 25 visitantes, constitui-se de chata metálica a ser movimentada por meio de energia limpa (não poluente) com duas possibilidades a serem estudadas: 1- motor elétrico, sustentado por placas fotovoltaicas colocadas em sua cobertura, auxiliado por cabeamento preso a guia na margem. 2-motor híbrido, um motor elétrico retroalimentado por motor à combustão (álcool). Será executada em estrutura metálica, com detalhes de acabamento em madeira de reflorestamento, não sendo geradora de riscos ambientais. Se valerá de estudos de navegabilidade prévios aprovados pelos institutos ambientais responsáveis. Visa servir como estrutura modelar para outras cidades do Vale, sendo possível estudos de viabilidade que possibilitem conectar no futuro outras estações no curso contínuo do Rio Paraíba do Sul.


  1. Estações do Vale – estrutura tipológica a ser edificada a partir de tecnologias sustentáveis e abrigar informações sobre projetos e programas relacionados à reabilitação Fluvial e ao pensamento de cidade sustentável, conectada e resiliente.
    1. As estações do Vale serão estruturas modulares que abrigam os visitantes advindos da embarcação turística e também do Parque fluvial na área urbana. Abrigam também as principais atividades que o projeto visa fomentar: 1- interação com a cultura do lugar (mostras, shows, apresentações); 2- Geração de renda em comércio sustentável, abastecido pela economia local (agroecologia, produção artesanal, dentre outros produtos); 3- Alimentação, lazer e entretenimento; 4- Conexão com os principais modais de transporte disponibilizados (automóvel, transporte público, embarcação fluvial e transporte não motorizado). Os módulos que estruturam o equipamento poderão variar de acordo com a viabilidade de instalação desejada: módulo mínimo de 3,00m, gerando equipamento de 153m². Módulo médio de 4,00m gerando equipamento de 320m² e módulo expandido de 5,00m gerando equipamento de 425m². O equipamento será realizado em estrutura metálica (esbelta e de fácil montagem) e receberá decks de madeira de reflorestamento. A cobertura contará com telhas metálicas brancas termo-acústicas ventiladas lateralmente e com tratamento e isolamento em forro de madeira tratada. Sobre ela, se apoiarão placas fotovoltaicas, geradoras de energia limpa. A ventilação cruzada, premissa de todo o projeto, garantirá o conforto ambiental no interior da estação evitando o condicionamento do ar. Toda água de reuso será direcionada para os sanitários e os resíduos gerados serão recolhidos para biodigestores e os resíduos não orgânicos serão direcionados às cooperativas de reciclagem do local.


Cabe ressaltar que ambas as estruturas contam com financiamento público – privado (PPP) tendo em vista interesses múltiplos de Educação, Turismo e economia local.

Entende-se que o projeto se tornará referência e possui um contexto inovador na região por não haver equipamentos integrados e articulados dessa natureza, criando condições infraestrutura para o desenvolvimento do Turismo socioambiental integrador que fomente uma cadeia de negócios sustentáveis, a cultura do lugar e o acesso a serviços e produtos locais.

As estruturas de suporte propostas relacionam a Cidade ao Rio e promovem, a partir da CHALANA CAPIVARINHA a aproximação com às energias limpas; o conhecimento e a percepção da  paisagem fluvial que se descortinará de maneira surpreendente, conectando-se às ESTAÇÕES DO VALE para fazer conhecer, informar, conectar e engajar os visitantes nos princípios do desenvolvimento integrado e sustentável. 

Nossa equipe está preparada para o desenvolvimento e gerenciamento do projeto de Arquitetura e Urbanismo (detalhamentos, projetos complementares, orçamento e acompanhamento das obras; além de estabelecer contatos e articulações com seus financiadores e executores);

Murilo César de Jesus Lewer

Estudante do terceiro período de engenharia civil do Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB) e técnico em eletromecânica pelo ICT. Possui experiência com acompanhamento de obras.

Guilherme Silva Hott

Estudante do 7º período de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB), participante da Iniciação Científica Memória Viva. Técnico em Automação Industrial pelo IFRJ e Operador de processos industriais pelo SENAI.

Renata Fortini de Lima

Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB), Mestre em tecnologia ambiental pela UFF, especialista em Gestão Ambiental pela UNIFOA e especialista em BIM pela PUC Minas. Experiência em projetos de arquitetura e urbanismo, acompanhamento de obras, orçamento de obras e gerenciamento de obras e projetos.

Marianne Russoni

Estudante do Sétimo período de arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB), iniciante científica do projeto Memória Viva, técnica em Meio Ambiente integrado pelo IFRJ.

Luis Antônio Lima Neves Junior

Graduando em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB). Graduando em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atual membro Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) de Volta Redonda. Atual membro do do Conselho Municipal de Juventude de Volta Redonda. Atual integrante do protejo de pesquisa cientifica Memória Viva VR do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB). Atuou como participante voluntario no projeto de extensão NATEP da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atuou no setor de Conferência de Projetos da Secretária de Planejamento Urbano da Prefeitura Municipal de Barra Mansa e paralelamente fez parte do Grupo de Trabalho para Grandes Empreendimentos (GTGE) do município de Barra Mansa. Atual diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB).








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