É o maior desafio ambiental do século XXI
Segundo a ONU Meio Ambiente, o plástico é o maior desafio ambiental do século XXI, e de acordo com relatório de 2019 da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), diariamente são gerados no Brasil 79 milhões de toneladas de resíduos, dos quais 13,5% são de plásticos; e mais da metade vai parar em lixões e aterros gerando poluição. E a cada ano o Brasil enterra 8 bilhões de reais em materiais recicláveis. Só aproveitamos 2% de tudo que pode ser reciclado, por falta de políticas públicas para coleta seletiva e reciclagem do lixo, que está distante de ser universalizada, onde somente 1 em cada 12 brasileiros não tem coleta regular de lixo na porta de casa; o que contribui para falta de conscientização na separação do resíduo com potencial de reciclagem.
De acordo com o relatório de 2019 “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização", da WWF; o Brasil produz 11,5 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, e apenas 1,2% é reciclado (145 mil toneladas) e 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular. Se todo esse montante de plástico fosse reciclado, seria possível retornar cerca de R$ 5,7 bilhões para a economia, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb).
É um desafio Social
A lei brasileira de resíduos sólidos 12.305/10 (PNRS) não tem uma clareza no sobre a responsabilização das empresas no que diz respeito ao descarte de PET, como no caso dos fertilizantes. Deixando a gestão do material reciclável ser feita de forma compartilhada com os catadores de materiais recicláveis.
Entretanto, de acordo com a ABIPET - Associação Brasileira da Indústria do PET (2019), a falta de coleta seletiva pública torna mais difícil o acesso dos catadores, às garrafas; e devido às limitações no sistema de coleta, as cooperativas de reciclagem trabalham, com ociosidade superior a 30%, reciclando cerca de 50% das embalagens de PET descartadas pelo consumidor, número bastante infeior ao das latas de alumínio, que é de 90%.
E porque os catadores dão atenção às latinhas de alumínio? A conta é simples, enquanto elas chegam a valer 4500 reais por tonelada (R$ 4,50 por quilo), a tonelada de garrafa PET, rende no máximo 1800 reais (R$ 1,80 por quilo). Além da facilidade em carregar um quilo de latinhas que tem um volume muito menor que o quilo de PET. 1 (um) kg de garrafas Pet equivale a: 16 garrafas de 2,5 litros; 20 garrafas de 2,0 litros; 24 garrafas de 1,5 litros; 26 garrafas de 1,0 litro ou 36 garrafas de 600 ml.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) em 2018 o número de catadores informais era de 268 mil, que em geral são trabalhadores que não possuem estudo completo e, portanto, não conseguem encontrar emprego. De acordo com o Portanto não existe um incentivo financeiro que estimule a coleta massiva de PET, por parte dos catadores, que têm em média uma renda mensal de R$ 690,00.
É um desafio para a Saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em 2018, que entender os efeitos do microplástico na água potável é um passo importante para dimensionar o impacto da poluição de plásticos em humanos. Micro e nanoplásticos vêm sendo consumidos por humanos via ingestão de sal e pescados. E estudos indicam que 241 em cada 259 garrafas de água estão contaminadas com microplásticos; 83% da água da torneira também contém partículas de plástico, e seus químicos tóxicos podem ser encontrados em nossa corrente sanguínea.
Segundo a pesquisadora Andreia Friques, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno-Infantil, a produção, o consumo e o descarte de plásticos hoje representam mais do que um problema ambiental. Trata-se de um desafio de saúde pública. Já existem evidências significativas de que eles estejam contribuindo para o aumento nos casos de obesidade, puberdade precoce, eleva o risco de doenças cardiovasculares e outros distúrbios hormonais, além de alguns tipos de câncer.
De acordo com dados do SUS em 2018 o custo direto com câncer foi estimado em R$ 4,5 bilhões, 2 bilhões com hipertensão, 1,3 bilhões com obesidade. Isto é certa de 10 bilhões gastos pelo SUS apenas nas patologias em que já se têm estudos comprovados
É um desafio de mobilidade
Segundo Sérgio Finger, cofundador da Trashin, empresa que atua com gestão de resíduos, o descarte inadequado de resíduos tem impactos também em outros aspectos da cidade, por exemplo na mobilidade urbana, por conta de alagamentos; ou problemas de saneamento, com aumento do custo para o tratamento de água e esgoto, além de danificação da infraestrutura de saneamento.
É um desafio Comportamental
Segundo Carlos Silva Filho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), "Na questão da reciclagem, para que ela aconteça, a primeira etapa começa justamente com o cidadão, que precisa estar conscientizado da necessidade de separar o lixo dentro de casa, estar educado de como fazer essa separação de maneira correta e a grande maioria da sociedade brasileira não tem essa consciência. A partir do momento que não há essa preparação dentro de casa, toda a sequência na cadeia da reciclagem acaba sendo prejudicada".
Ainda de acordo com a WWF, no Brasil a porcentagem de participação no tratamento de resíduos plásticos (resíduos coletados para reciclagem) por grupo de renda é a seguinte: alta renda 31%, média alta renda 16%, média baixa renda 8%, e baixa renda 6%.
De e acordo com o relatório de 2019 “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização", da WWF; o resíduo plástico produzido em média por cada brasileiro é de 52kg/ano, destes até 47kg são coletados, dos coletados somente 37kg são despejados em aterro, e 14 kg são mal administrados, descartados irregularmente ou não coletados, correndo o risco de serem lançados na natureza.
Trazendo esses números pra nossa região, considerando que temos uma população de 1,062 milhões de habitantes (IBGE, 2010), teremos cerca de 15 toneladas de resíduos descartados irregurlamente, causando um impacto socio ambiental muito grande.
Meio ambiente: Grande parte do plástico que descartamos no lixo comum acaba em aterros, onde apenas se fragmenta, podendo jamais se decompor. Outra parte descartada aleatóriamente acaba nas ruas, bueiros, rios e mares causando enorme impacto ambiental e deposita substâncias potencialmente tóxicas no solo e na água. A poluição plástica representa uma grande ameaça para os animais, plantas e seres humanos.
Catadores e Cooperativas de reciclagem: cerca de 90% do lixo reciclado no Brasil é destinado à reciclagem por catadores, o descarte inadequado faz com que se percam postos de trabalho. De acordo com matéria do Valor Econômico, em 2019 os catadores informais têm em média uma renda mensal de R$ 690,00. A maioria (67%) é negra, 72% são homens, 74% têm apenas o ensino fundamental incompleto ou nenhuma instrução e cerca de 60% das mulheres são chefes de família; que sustentam os filhos a partir da reciclagem.
Administração pública: cada metro cúbico de material não reciclado, é um metro cúbico a mais de espaço necessário de aterro, gerando custos ao cofre público. Gastos com saúde acentuados pelo aumento de comobirdades geradas pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Gastos melhora no tratamento de água e esgoto e de infraestrutura de saneamento.
População: O descarte ao ar livre também é extremamente prejudicial à saúde humana, pois polui aquíferos, corpos d'água e reservatórios, provocando aumento de problemas respiratórios, doenças cardíacas e danos ao sistema nervoso de pessoas expostas.
Indústrias: Aumento de gastos com matéria prima, água e energia elétrica. Se os materiais fossem separados corretamente, seriam matéria-prima para a produção de novos produtos ou como fonte de energia.
Instalar pontos de coleta na cidade, onde a pessoa que deposita garrafas PETs, recebe recompensas através de um sistema de cash back.
O sistema é simples:
1. A pessoa deposita a embalagem no ponto de coleta e retira o cupom de descontos (voucher).
2. Escolhe como usar o cupom, optando por:
OBJETIVOS:
PROPOSTA DE VALOR
CONSUMIDOR FINAL
EMPRESAS
CATADORES E COOPERATIVAS DE RECICLAGEM
QUAL É O MODELO DE NEGÓCIOS?
O nosso modelo de negócios é o de Multi-Face ou Plataforma Multilateral, que funciona atendendo aos nossos diferentes segmentos de clientes - Empresas (varejistas ou não), Consumidor Final e Cooperativas de Reciclagem - que geram valor quando interagem entre si, pois a presença de um gera valor para o outro.
Essemodelo se torna extremamente escalável por se beneficiar de efeitos de rede.
A monetização se dará por meio de investimentos e verbas públicas destinadas a ações direcionadas ao meio ambiente, através de publicidade das empresas e na venda do material coletado para as empresas de reciclagem.
Conheça nosso time. Estamos muito engajados para fazer a diferença em nossa cidade e região; porque acreditamos que através de pequenas ações podemos alcançar grandes resultados.
Moisés Souza: Sociólogo e Graduando em Administração de Empresas. Tem experiência em em coordenação, elaboração e gerenciamento de projetos.
Matheus Nogueira: Programador, Graduando em Sistemas de Informação. Tem experiência em desenvolvimento de sistemas administrativos digitais.
Leandro Prado: Graduando em Administração de Empresas. Tem experiência como programador e controlador de linha de produção e em rotinas administrativas.
Gleidson Gomes: Técnico em Contabilidade e Graduando em Administração de Empresas. É administrador financeiro e tem experiência em comércio e serviços.